A gripe é uma doença infecciosa causada pelo vírus Influenza. Apresenta predomínio de ocorrência nos meses mais frios, ou seja, no outono e no inverno. Em alguns grupos de risco a doença pode ser mais grave e evoluir com complicações como a pneumonia. Sabemos que as gestantes e as pacientes que tiveram filhos recentemente, chamadas puérperas, fazem parte desses grupos de risco. A vacina para gripe é composta de dois subtipos de vírus: o da Influenza A e o da influenza B. A vacina é feita com vírus inativado e fracionado que são renovados ou atualizados anualmente de acordo com os subtipos que estão circulando no ar ambiente.

A taxa de imunidade após a tomada da vacina chega a 80% e dura cerca de um ano. A vacina é bastante segura. As reações mais comuns são a dor local e febre nas primeiras doze horas que aparecem em 10% dos vacinados. Pode ser administrada pela via intramuscular ou subcutânea, sendo que pela primeira via ocorrem menos reações locais. É importante realçar que a vacina não causa gripe pois é feita com vírus inativados. É contra-indicada em pacientes que têm história de alergia a proteína do ovo e nos pacientes com história de Síndrome de Guillain-Barré. Esta Síndrome se caracteriza por fraqueza muscular progressiva que inicialmente começa nas pernas e progride para os braços, além da perda da sensibilidade nas extremidades, iniciando cinco dias a três semanas após um distúrbio infeccioso banal, cirurgia ou imunização, referida aqui neste arquivo. Nas formas graves poderemos ter pacientes com parada respiratória e risco de vida. A vacina está indicada para as mulheres grávidas e para as puérperas durante o outono e inverno.
A vacinação da puérpera tem uma vantagem adicional que é a proteção para a criança, diminuindo a taxa de internação do recém-nascido por pneumonia. A vacina faz parte do calendário das crianças a partir dos seis meses de idade.